20 livros de romance que você não pode deixar de ler


Rebeca Fuks
Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura

Gosta de um bom livro capaz de arrancar suspiros apaixonados? Criamos essa lista com grandes romances românticos que prometem encher os seus dias de amor.

1. Fazes-me falta (2002), de Inês Pedrosa

Fazes-me falta

Em Fazes-me falta, escrito pela autora portuguesa Inês Pedrosa (1962), vemos um relacionamento marcado pelo amor, mas também pela ausência. Essa história é contada por duas vozes: a de uma mulher, já morta, e a de um homem que sofre com saudades da amada.

O livro registra reflexões sobre os mais diversos temas que une o casal - desde o sexo até a violência. O que começa com um relacionamento amoroso acaba se transformando numa madura relação de amizade:

Tomei a amizade como uma versão adulta e vacinada do amor, o que significa que transferi para a casa dela a artilharia pesada do meu batalhão de afectos. Substituí o Príncipe Encantado pelo Amigo Maravilhoso que eras tu.

A nostalgia que restou depois da morte se nota ao longo de toda a escrita da obra - inclusive se faz presente no próprio título. Fazes-me falta é um livro repleto de delicadeza que merece ser lido por aqueles entusiastas da paixão.

2. Aritmética (2012), de Fernanda Young

Aritmética

A escritora brasileira Fernanda Young (1970-2019) escolheu em Aritmética falar de um complexo casal composto por João Dias, um autor e professor famoso, e América, que foi sua aluna no passado. Como ambos eram casados, a relação se desenvolveu na clandestinidade e os dois viraram amantes.

É de surpreender que a relação clandestina tenha acontecido quando ambos tinham 75 anos. O romance explora como os encontros se desenvolveram e o turbilhão de emoções que esse amor fora de hora despertou.

O relacionamento de João Dias e América provoca uma verdadeira revolução não só nos dois como também nas famílias, que acabam por notar comportamentos diferentes mesmo sem saber exatamente a origem da questão.

3. Inês da minha alma (2007), de Isabel Allende

Ines da minha alma

A autora chilena Isabel Allende (1942) nos apresenta a protagonista Inês Suarez, uma jovem costureira de Santiago de Nova Extremadura, no Reino do Chile, nascida em 1507, que sonha com uma vida melhor.

A história é ambientada no século XVI e o que faz Inés mudar para a terra desconhecida é também a vontade de reencontrar o seu marido, que havia emigrado para o outro lado do Atlântico.

Ao contrário dos seus planos, o que Inés encontra no novo mundo é uma nova paixão. Pedro de Valdivia, o seu novo amor, trabalha no campo e rouba o coração da costureira num momento inesperado.

Além de acompanhar as belas histórias de amor de Inês, o leitor encontra nesse romance uma parte importante da história da colonização espanhola no Chile e no Peru.

4. A rainha Margot (1845), de Alexandre Dumas

A rainha Margot

O romance histórico escrito pelo francês Alexandre Dumas (1802-1870) se volta para a interessante personagem Margarida de Valois (conhecida como Margot), uma das mulheres mais importantes da França.

A princesa, que nasceu no ano de 1553, tinha uma personalidade inquieta e nunca se submeteu quer à vontade da família, quer ao desejo do marido. Margot, aliás, colecionava uma série de amantes, o que a deixou com a fama de pervertida.

A obra conta história dessa mulher muito a frente do seu tempo, os bastidores de muitos desses amores clandestinos e mostra ao leitor como uma princesa escolheu romper o lugar recatado que esperavam que ela ocupasse.

5. A assinatura de todas as coisas (2013), de Elizabeth Gilbert

A assinatura de todas as coisas

A personagem principal escolhida pela americana Elizabeth Gilbert (1969) é Alma Whittaker, uma moça que nasceu em 1800 num lar rico e recebeu a melhor educação do seu tempo.

Alma segue os passos do pai, um botânico bem sucedido, e se interessa por ciências naturais e por todo o tipo de conhecimento relacionado com as plantas.

Ela se apaixona inesperadamente por Ambrose, um artista que é exatamente o seu oposto: um homem ligado à espiritualidade, ao reino do mágico e do divino, que se dedica à desenhar orquídeas.

Apesar de serem completamente diferentes, Alma e Ambrose fazem um par curioso, que partilha o desejo pelo conhecimento e pela reflexão. Se você quer mergulhar em um romance romântico cativante, A assinatura de todas as coisas é uma escolha acertada.

6. A abadia de Northanger (1818), de Jane Austen

A abadia de northanger

Famosa por obras românticas como Orgulho e Preconceito, a inglesa Jane Austen (1775-1817) tem uma série de livros que facilmente poderiam entrar nessa lista - A abadia de Northanger é, no entanto, uma pérola pouco conhecida dentro da produção da escritora e que merece ser lida.

A obra foi a primeira escrita por Jane, tendo sido acabada em 1803 e publicada em 1818, depois da sua morte. A mocinha da narrativa é Catherine Morland, que vive na área rural no berço de uma família humilde composta por dez irmãos.

A vida de Catherine muda do dia para a noite quando ela é convidada para passar uma temporada na rica região de Bath na companhia do importante casal Allen. É nesse lugar que a jovem sairá da rotina modesta e passará a frequentar a alta sociedade indo a bailes e teatros.

É em Bath que Catherine conhecerá o seu par romântico, Henry Tillney. Para conseguirem ficar juntos, os dois precisarão superar uma série de preconceitos de classe uma vez que Henry é rico e Catherine é pobre.

A obra, além de uma literatura romântica, é uma oportunidade para o leitor conhecer o funcionamento da sociedade burguesa britânica conservadora daquele século.

Em A abadia de Northanger lemos, por exemplo, duras críticas à sociedade feita pela corajosa Catherine. O machismo é um dos pilares mais questionados pela narradora, que resume a dinâmica social da sua geração de modo inconformado:

No casamento, espera-se que o homem provenha o sustento da mulher, e a mulher, a tornar a casa agradável ao homem. Ele deve fornecer, e a mulher, sorrir.

7. Dona Flor e seus dois maridos (1966), de Jorge Amado

Dona flor e seus dois maridos

O baiano Jorge Amado (1912-2001) nos contou uma das mais famosas e inesperadas histórias de amor da literatura brasileira em Dona Flor e seus dois maridos. A obra, cheia de humor, fala de uma senhora que tem o coração dividido ao meio e é capaz de amar dois homens ao mesmo tempo.

Florípedes Guimarães era casada com Vadinho, um malandro de vida boêmia que vivia mergulhado na bebida e no jogo. O casamento já tinha sete anos quando Vadinho faleceu de causas naturais.

Dona Flor, viúva, conheceu então o farmacêutico Teodoro Madureira, que era o oposto do seu primeiro marido. Recatado e com uma vida regrada, Teodoro deu à dona Flor a segurança que ela nunca tinha tido.

Um belo dia, já com um ano de casamento com Teodoro, dona Flor se depara com o fantasma de Vadinho na sua cama. A partir de então Florípedes passa a dividir o seu tempo e o seu coração com esses dois homens opostos, mas que a cobrem de amor.

Se você gosta de histórias de amor, mas também se interessa por um texto engraçado e surpreendente, achamos que Dona Flor e seus dois maridos é uma boa escolha.

8. Dom Casmurro (1899), de Machado de Assis

Dom Casmurro

Se você gosta de uma história de amor polêmica, Dom Casmurro é um livro que certamente fará parte da lista dos seus favoritos. O romance de Machado de Assis (1839-1908) tem como protagonistas o casal Bento Santiago e Capitu.

Os dois eram amigos de infância que se apaixonaram e acabaram se casando. Tudo seria perfeito, não fosse a extrema insegurança do marido. Muito ciumento, Bentinho teme a todo momento que Capitu o traia com Escobar, o seu melhor amigo.

Apesar de Capitu e Bentinho terem um casamento pleno, com um filho inclusive - Ezequiel - nada é capaz de tirar da cabeça do marido a suposta traição da sua esposa.

A história de amor contada em Dom Casmurro é permeada de desconfiança e de sentimento de posse. Conheça mais sobre essa doentia história de amor lendo o artigo Dom Casmurro, de Machado de Assis.

9. Iracema (1865), de José de Alencar

Iracema

Além de ser uma obra muito importante para a história da literatura brasileira, Iracema é também uma bela história de amor contada por José de Alencar (1829-1877).

O romance narra a paixão arrebatadora entre Martim (um português, branco, colonizador) e Iracema (uma índia, filha de um pajé da tribo tabajara). De universos completamente diferentes, mas logo encantados um pelo outro, os dois se conhecem acidentalmente quando Iracema dispara uma flecha que acaba por ferir Martim, aquele que considerava ser o invasor das terras da sua tribo.

Martim rapidamente cai de amores por Iracema, e ela também se entrega a essa relação proibida. Os dois desafiam os preconceitos sociais do seu tempo e resolvem levar a frente o amor apesar de todas as circunstâncias adversas.

Para seguir o seu amor, Martim, Iracema precisa deixar a tribo e a sua história para trás. A relação proibida entre os dois gera o bebê Moacir, considerado simbolicamente como o primeiro brasileiro.

Descubra mais sobre o Livro Iracema, de José de Alencar.

10. O diário de Bridget Jones (1996), de Helen Fielding

O diário de Bridget Jones

A protagonista, Bridget, é uma gordinha bastante desajeitada e profundamente normal - esse é um dos fatores que seduz o leitor para mergulhar de cabeça no livro da inglesa Helen Fielding (1958). Se nós não nos identificamos pessoalmente com Bridget, certamente temos alguém ao nosso redor que nos faz lembrar a personagem.

A obra leve, escrita com a forma de um diário, tem um tom intimista como se tivéssemos conversando entre amigas e nos convida a espiar a vida pessoal dessa londrina de trinta e poucos anos que vive verdadeiras montanhas-russas emocionais à procura do amor.

Bridget Jones está longe de ser perfeita e sabe disso, assim como leitor: ela bebe, fuma, luta contra a balança, tem baixa auto-estima e tenta equilibrar a carreira e as aventuras emocionais.

Com um tom bem humorado, O diário de Bridget Jones é uma das mais agradáveis e bem sucedidas comédias românticas dos nossos tempos. O romance escrito pela inglesa Helen Fielding virou rapidamente um best seller e foi adaptado para o mundo do cinema onde foi um sucesso de bilheteria.

11. Olhai os lírios do campo (1938), de Érico Veríssimo

Olhai os lírios do campo

O romance urbano do gaúcho Érico Veríssimo (1905-1975) tem como protagonista Eugênio, um jovem humilde que consegue se formar em Medicina e crescer na vida apesar de todas as adversidades.

É durante a formatura que ele conhece Olívia que, assim como ele, vem de um passado modesto. Os dois se apaixonam e se tornam porto seguro um do outro mas, apesar de todo o sentimento, Eugênio se nega a assumir Olívia. Essa vergonha, no entanto, não o impede de ter uma filha com ela (Anamaria).

O jovem médico acaba por conhecer Eunice, vinda de uma família rica, e se casa com ela apenas por interesse deixando Olívia e a filha Anamaria para trás.

Seu antigo amor, no entanto, adoece. É por causa da doença de Olívia que Eugênio faz um balanço da sua vida e pondera as suas escolhas amorosas pela primeira vez com o coração.

12. O primo Basílio (1878), de Eça de Queiroz

O primo basilio

Jorge é um rapaz de boa família, um engenheiro que vive em Lisboa e se apaixona por Luísa, uma jovem igualmente da classe social alta. Os dois se casam e vivem um típico relacionamento estável e de luxo do seu tempo.

Teríamos tudo para encontrar uma história de amor tradicional aqui, não fosse o relacionamento acabar sendo lido como entediante por Luísa, que estava habituada a mergulhar nas grandes aventuras de amor dos romances que lia.

É que o amor é essencialmente perecível, e na hora em que nasce começa a morrer. Só os começos são bons. Há então um delírio, um entusiasmo, um bocadinho do céu. Mas depois! Seria pois necessário estar sempre a começar, para poder sempre sentir?

Chateada com a monotonia do casamento, depois de receber a visita de um primo, Basílio, Luísa começa a manter um caso. Assim se cria o triângulo amoroso mais famoso da literatura portuguesa.

A narrativa de Eça além de falar sobre amor gira em torno do adultério, da crítica social, da hipocrisia e do cotidiano burguês de uma capital europeia.

13. A culpa é das estrelas (2012), de John Green

A culpa das estrelas

A culpa é das estrelas é o sexto romance de John Green (1977) e é provavelmente uma das obras mais comoventes que você irá ler (se prepare e separe os lenços de papel). A protagonista da história é Hazel Grace, uma menina de 16 anos que tem um câncer terminal desde os 13. O seu tumor, agressivo, começou na tiroide e se espalhou para os pulmões.

Para agradar os pais, a jovem frequenta um Grupo de Apoio a Crianças com Câncer e é lá que conhece inesperadamente Augustus Waters. Os dois se tornam grandes amigos e logo se apaixonam. Eles encontram no amor uma forma de dar um colorido aos seus destinos tão sofridos.

Apaixonante, o livro consegue tratar de temas duros como a doença e a morte sem perder a delicadeza. A culpa é das estrelas tem uma história tão cativante que chegou a ser adaptada para o cinema transformando o best seller em também um sucesso de bilheteria.

Conheça o resumo e explicação de A Culpa é das Estrelas.

14. Madame Bovary (1857), de Gustave Flaubert

Madame Bovary

Emma Bovary era uma jovem burguesa com uma boa vida. Leitora compulsiva e romântica incurável, ela passava os seus dias devorando livros com histórias de amor.

Um belo dia Emma conhece por acaso o seu futuro marido, o médico Charles Bovary, que acaba por tratar do seu pai num momento de saúde frágil. Os dois rapidamente se apaixonam e se casam. Tudo seria perfeito se Emma não fosse vítima do tédio e da ambição de amar como nos romances que lia.

Antes de casar, Emma julgara sentir amor; mas a felicidade que deveria resultar desse amor não aparecera, pelo que se deveria ter enganado, pensava ela.

Buscando sentir o frio na barriga novamente, Emma se torna uma esposa adúltera e enfrenta as duras consequências das suas escolhas. O romance escrito por Flaubert (1821-1880), que é um clássico da literatura francesa, fala sobre o amor, ao mesmo tempo, que tece uma dura crítica sobre a idealização do sentimento que faz com que ele seja inatingível.

Leia mais sobre o romance Madame Bovary, de Gustave Flaubert.

15. Amar, verbo intransitivo (1927), de Mário de Andrade

Amar verbo intransitivo

Uma estranha história de amor, essa foi a escolha de enredo feita por Mário de Andrade (1893-1945). Em Amar, verbo intransitivo conhecemos uma família conservadora e religiosa paulista cujo pai resolve contratar uma profissional para introduzir o filho na arte do amor.

Disfarçada de professora de alemão, Fraulen, uma mulher de 35 anos, tem a missão de seduzir Carlos, o filho mais velho. Os dois desenvolvem uma relação de confiança e intimidade e, aos poucos, de fato, o amor começa a nascer por parte do menino. A paixão de Carlos, no entanto, mal sabe ele, é impossível.

O livro Amar, verbo intransitivo nos transporta para as nossas primeiras paixões e nos faz experimentar a sensação de frio na barriga típica da juventude.

16. O amor nos tempos do cólera (1985), de Gabriel García Márquez

O amor nos tempos do colera

Um amor que atravessa séculos, é essa a história do par romântico Florentino e Firmina, personagens criados pelo colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014).

Florentino era um telégrafo que um dia foi entregar uma mensagem para Lorenzo, pai de Firmina. Nesse encontro casual nasceu uma paixão juvenil. Os dois passaram a trocar cartas e chegaram a combinar o casamento, mas os planos foram interrompidos depois que o pai da moça descobriu o caso e a enviou para outra cidade.

Firmina acabou conhecendo Juvenal, um bom partido que havia voltado da Europa. Os dois se casaram e tiveram filhos, mas o amor entre Firmina e Florentino nunca desapareceu. Cinquenta e três anos mais tarde, os dois pombinhos, que se conheceram na juventude, se reencontraram. Com Firmina já viúva, os dois finalmente puderam viver a história de amor adiada.

17. O corcunda de Notre Dame (1831), de Victor Hugo

O corcunda de Notre Dame

A história de amor do francês Victor Hugo (1802-1885) se passa numa das catedrais mais famosas de Paris durante a era medieval.

Quasímodo era uma criança que tinha deformações no rosto e no corpo e, por isso, acabou por ser abandonado pela família. Criado escondido do mundo, na igreja, o rapaz se tornou sineiro da catedral. É do alto da igreja que Quasímodo vê Esmeralda, uma bela cigana que dança em frente ao portão para ganhar alguns trocados.

Esse amor proibido entre duas pessoas de certa forma excluídas da sociedade é especialmente perturbado pelo arcebispo Claude Frollo, que maltrata Quasímodo e quer desaparecer com Esmeralda porque vê nela uma ameaça para a sua carreira.

A história, trágica, tem mil e uma reviravoltas e deixa o leitor curioso para saber o destino do casal inesperado Quasímodo e Esmeralda.

Gosta dessa história? Então aproveite e leia uma análise completa do livro O corcunda de Notre Dame, de Victor Hugo.

18. A moreninha (1844), de Joaquim Manuel de Macedo

A moreninha

O brasileiro Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) contou na sua obra, publicada em 1844, a relação de paixão entre Carolina e Augusto, dois jovens que se conhecem durante um feriado.

O inconstante Augusto era um aluno de Medicina que nunca estava apaixonado por mais de um mês. Ele viajou com três amigos para a praia e foi lá que conheceu Carolina, a irmã mais nova de um dos amigos (Filipe).

Carolina tem apenas 13 anos e é uma menina cheia de vida, que responde à todas as provocações de Augusto. É nesse momento que começa a surgir um amor velado por parte de Augusto. O amor entre os dois só cresce com o passar dos anos e o leitor testemunha o amadurecimento dessa relação.

Conheça uma análise detalhada lendo o artigo do Livro A moreninha.

19. Os sofrimentos do jovem Werther (1774), de Goethe

Os sofrimentos do jovem Werther

O clássico escrito pelo alemão Goethe (1749-1832) nada mais é do que uma trágica história de amor. O romance tem como protagonista o jovem Werther, que tem um amor incurável por Charlotte.

Como muitas trágicas histórias de amor, Werther está destinado ao sofrimento porque a moça que roubou o seu coração está prometida para outro homem.

Inconformado, ele partilha as dores com o melhor amigo, Wilhelm, mas acaba por não conseguir aguentar a decepção amorosa e resolve tirar a própria vida com uma pistola por não ser capaz de enfrentar a paixão não correspondida.

Os sofrimentos do jovem Werther foi a obra que inaugurou o romantismo alemão.

20. O morro dos ventos uivantes (1847), de Emily Brontë

O morro dos ventos uivantes

A obra que é um clássico inglês da literatura romântica é a única criação publicada pela autora Emily Brontë (1818-1848). Escrita em 1847, a história se passa no interior da Inglaterra, em uma região rural. Quem conta a história é Nelly Dean, a governanta da casa onde vivia a família Earnshaw.

Num dia normal, o senhor Earnshaw vai à cidade (Liverpool), e se depara com um menino pequeno, sozinho e desamparado. Com pena da criança órfã, ele decide o adotar e leva a criança para casa, onde vivem os seus dois filhos (Catherine e Hindley).

Logo nasce uma forte amizade entre Heathcliff, o filho adotivo, e Catherine, a filha biológica. Com o passar do tempo a amizade se transforma em amor desafiando os costumes da época que considerava o casamento como um importante acordo comercial. Catherine, bem nascida, devia encontrar um bom partido fruto de uma família com posses.

A moça segue aquilo que é socialmente esperado e acaba se casando com Edgar Linton, um rapaz abastado, apesar de nutrir amor pelo irmão adotivo. É assim que se forma um dos mais famosos triângulos amorosos da literatura britânica composto por Catherine, Heathcliff e Edgar.

Saiba mais sobre a obra O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë.

Conheça também

Rebeca Fuks
Rebeca Fuks
Formada em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2010), mestre em Literatura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2013) e doutora em Estudos de Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e pela Universidade Católica Portuguesa de Lisboa (2018).