21 grandes filmes cult que você precisa assistir

Laura Aidar
Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
Tempo de leitura: 20 min.

Filmes cults são aqueles que ganham a admiração do público e, muitas vezes, conquistam uma legião de fãs.

São produções que se tornam ícones de uma geração e se mantém relevantes ao longo dos anos.

Por isso, selecionamos filmes que ficaram marcados na história do cinema como cults e que merecem ser vistos pelos menos uma vez na vida!

1. Clube da luta (1999)

cena do filme Clube da Luta exibe dois homens conversando

O filme, dirigido por David Fincher, não foi um grande fenômeno de bilheteria, mas quando começou a ter maior visibilidade rapidamente se tornou um clássico cult.

O longa é uma adaptação de um romance homônimo, publicado em 1996 por Chuck Palahniuk e seduz o espectador porque faz uma série de reflexões sobre a sociedade em que vivemos.

O protagonista é um homem comum (Edward Norton), de classe média, um funcionário de uma empresa de seguros que, por excesso de trabalho, começa a ter insônia.

Quando se consulta com o seu médico para pedir comprimidos para dormir, ele sugere que o paciente tenha contato com reuniões de vítimas de câncer.

Depois de frequentar uma reunião, ele finge ser doente e, pela catarse, resolve o seu problema de insonia. A partir de então começa a frequentar vários grupos de apoio, mentindo sobre a sua identidade.

É no avião, numa viagem, que conhece Tyler Durden (Brad Pitt), um fabricante de sabonetes fora do comum. Num momento de desespero, liga para Tyler, os dois se encontram e, numa briga, conseguem extravasar a raiva que sentem.

Aos poucos, mais homens descobrem esse clube da luta informal. O clube vai crescendo, indo para outras cidades.

O filme levanta questões sobre o vazio provocado pelo consumismo e sobre a nossa maneira de lidar com ele.

O Clube da luta possivelmente se tornou um filme cult porque fala sobre um sentimento comum de vazio interior. O filme trata da nossa sensação de sermos escravos de um sistema capitalista que nos obriga a trabalhar sem vermos propriamente um sentido mais profundo nas nossas ações.

Saiba mais: Filme Clube da Luta (explicação e análise)

2. O fabuloso destino de Amélie Poulain (2001)

cena de O fabuloso destino de Amelie Poulain

Amélie Poulain é uma inocente e sensível jovem francesa que trabalha como garçonete. A menina passou uma infância solitária, criada em casa, sem ir à escola, supostamente devido a um problema cardíaco.

Um dia ela encontra uma caixa misteriosa e resolve entregá-la ao dono. Ele fica emocionado por recuperar o objeto e Amélie, por sua vez, descobre a sua vocação, transformar a vida das pessoas.

Seu maior objetivo passa a ser fazer pequenos gestos que transmitam alegria para os que estão a sua volta. A jovem começa a fazer a diferença na vida da porteira do prédio, do funcionário da mercearia aonde vai, do vizinho. As pequenas boas ações vão sendo reproduzidas todos os dias.

Amélie é capaz de mudar o rumo dos que vivem ao seu redor, mas não consegue fazer nada por si, vivendo na solidão a esperando um grande amor.

O fabuloso destino de Amélie Poulain é um clássico cult universal capaz de falar de um desejo humano frequente que é fazer o bem.

3. Beleza americana (1999)

cena do filme Beleza Americana

Beleza americana conseguiu algo que poucos filmes alcançam: se tornou um filme cult mesmo trazendo a tona o pior da sociedade: a hipocrisia. Para abordar o tema, o diretor britânico Sam Mendes escolheu falar da família de Lester Hurham (Kevin Spacey), uma família aparentemente tradicional norte-americana.

O pai, Lester, tem uma crise de meia-idade que piora ainda mais o seu relacionamento com a mulher, Carolyn (Annette Bening) e com a filha Jane (Thora Birch).

O relacionamento do casal é pura fachada, para manter a imagem de família feliz. Assistimos como é a vida no subúrbio de classe média, que aparentemente tem tudo, mas, na prática, esconde uma série de traumas e frustrações.

O longa-metragem, ácido e direto, trata de questões importantes como a valorização dos bens materiais e a necessidade de manter as aparências para ter aceitação pública. Beleza americana também toca na questão da repressão sexual e nas dificuldades das relações extraconjugais.

O filme foi nomeado para oito Óscares e levou cinco estatuetas para casa (melhor filme, melhor diretor, melhor ator, melhor roteiro e melhor fotografia).

4. O poderoso chefão (1972)

cena do filme O poderoso chefão

A maior produção de Coppola, feita ainda no princípio de sua carreira, se passa num contexto de gangsters e fala sobre o universo mafioso onde está inserida a família Corleone. A história é uma adaptação do romance de Mario Puzo.

Na trama, Don Vito (Marlon Brando) é o maior nome dos negócios ilegais de Nova Iorque e tem um verdadeiro exército de homens fiés para proteger sua família e seu negócio.

A família é o bem maior de Don Vito, que tem uma filha (Connie) e três filhos (Sonny, Fredo e Michael). O mais velho, Sony, é o sangue quente da família, e, ao que tudo indica, é o que substituirá o pai nos negócios.

Mas, por uma reviravolta do destino, é o caçula, Michael (Al Pacino), o preterido, que assume as responsabilidades da máfia.

O poderoso chefão é um filme clássico que fala sobre o amadurecimento, vingança e relações familiares complexas.

5. Kill Bill (2003)

cena de filme Kill Bill

A sequência Kill Bill, dividida em dois volumes (2003 e 2004) é um dos filmes mais cults assinados por Tarantino.

O seu enredo, extremamente violento, mostra a vingança feminina. A estética do filme é baseada na cultura japonesa.

A protagonista é Beatrix Kiddo (Uma Thurman), uma samurai ocidental que deseja, acima de tudo, matar Bill, o chefe da sua gangue. Os dois têm uma relação amorosa, Beatrix chega a ficar grávida, mas descobre uma traição no dia em que se casaria.

Kill Bill se tornou uma referência para o universo geek não só pela história, mas também pela construção da trama, que faz referências a diversos filmes como Godzilla, além aludir a elementos da cultura mais alternativa, como mangás.

6. O show de Truman (1998)

cena de O show de Truman

Há mais de 20 anos o diretor Peter Weir já pensava num cenário onde era possível monitorar e transmitir a vida de uma pessoa normal e anônima em rede nacional.

Em O show de Truman, o personagem principal é Truman Burbank (Jim Carrey), um vendedor de seguros casado e com uma vida absolutamente comum e tranquila.

Ele tinha um casamento feliz, uma casa agradável e um amigo fiel. Alguns eventos da sua vida, no entanto, despertam algum estranhamento. Truman descobre que a sua história é acompanhada por milhares de pessoas porque é filmada e transmitida sem o seu conhecimento.

O filme cult é visionário e antecipa a questão dos reality shows, a superexposição do cotidiano privado através das redes sociais e a ficcionalização da vida comum.

7. Laranja mecânica (1971)

cena do filme Laranja Mecânica

O clássico filme de Kubrick - uma das suas criações mais celebradas - apesar de ter sido lançado nos nos 70, fala de temas atemporais. Corrupção, o comportamento desviante da juventude, o direito ao livre arbítrio e outras discussões sociais e políticas fazem parte dos assuntos abordados.

A história, baseada no romance de Anthony Burgess, é marcada pela violência. Alex (Malcolm McDowell) é um jovem rebelde que pertence a uma gangue de jovens britânicos. Condenado por um crime, ele vai preso e aceita participar de um tratamento psiquiátrico para reduzir a pena.

O tratamento, que consistia em assistir cenas de sexo e violência por muitas horas seguidas, acaba o traumatizando. Desesperado, ele tenta se matar.

A história de Alex é tornada pública e o rapaz se transforma numa espécie de mártir.

Corajosamente o longa retrata o pensamento dos jovens que arriscam a própria vida e, muitas vezes, colocam em risco quem está ao redor.

8. A fantástica fábrica de chocolate (1971)

cena de A fantástica fábrica de chocolate de 1971

A fantástica fábrica de chocolate foi um filme que marcou gerações desde a sua primeira versão, em 1971, até o remake feito em 2005 por Tim Burton.

É uma adaptação do livro Charlie and the chocolate factory, de Roald Dahl, lançado em 1964.

A história do excêntrico milionário Willy Wonka encantou adultos e crianças.

O filme começa com o concurso inesperado de Wonka, que distribui 5 bilhetes para crianças conhecerem a sua famosa e misteriosa fábrica de chocolate.

O longa-metragem mistura o universo infantil com imagens surreais e virou um clássico cult ao ser exibido na televisão. A estética surrealista da fábrica, com direito a trabalhadores em miniatura e paisagens cobertas de doce, também ajudou a criar uma mitologia mágica em volta do filme.

9. A viagem de Chihiro (2001)

cena de filme A viagem de Chihiro

A animação japonesa premiada criada por Hayao Miyazaki tem como protagonista Chihiro.

A jovem viaja com os pais para uma casa nova, mas um imprevisto acontece, a família entra no caminho errado e se vê em apuros.

Chihiro é, então, obrigada a lidar com os seus medos para salvar os pais. Seu percurso fala sobre coragem e superação.

Apesar da história conter elementos surreais, ela fala sobre o processo de amadurecimento comum a qualquer adolescente.

O espectador se encanta ao testemunhar momentos difíceis da vida de Chihiro e descobrir as soluções encontradas por ela para superá-los.

O filme tem muitas camadas de leitura, agrada tanto adultos como crianças e tem o papel importante de apresentar elementos da cultura japonesa.

A produção é um sucesso de público e crítica e recebeu o Urso de Ouro do Festival de Berlim e o Oscar 2003 de melhor animação.

10. Rocky horror picture show (1975)

cena de Rocky horror show

O musical foi adaptado de uma peça de teatro apresentada inicialmente em Londres dois anos antes do surgimento do longa-metragem.

O filme vaga entre o bizarro e extravagante e levanta questões como a discussão sobre os papéis sociais, sobre gênero e sexualidade.

Rocky horror picture show lança luz sobre os padrões de feminilidade socialmente aceitos e os comportamentos masculinos esperados.

Os dois protagonistas começam a trama enquadrados nos seus papéis sociais preestabelecidos, mas vão se desconstruindo e descobrindo novas versões de si.

Transgressor, o filme celebra o rompimento de barreiras sociais e apresenta novos cenários para se pensar tanto o gênero como a sexualidade.

Podemos reparar também em alguns detalhes curiosos, como cenas do filme que replicam quadros famosos da pintura norte-americana.

11. O grande hotel Budapeste (2014)

cena do filme O grande hotel Budapeste

Wes Anderson já era um queridinho do universo cult pela sua criação Os excentricos Tenenbaums (2001), mas ganhou um lugar definitivo nesse universo depois do lançamento de O grande hotel Budapeste.

A história fala sobre um Autor (Tom Wilkinson) sem nome, que quando era jovem conheceu um hotel luxuoso e decadente nos Alpes Europeus. Era 1968 e o mundo ainda assistia os impactos do pós-guerra.

O Autor conta do período que passou no hotel e dos personagens curiosos que conheceu lá, como Gustave H., o concierge, e Zero Moustafa, o seu jovem assistente.

Alguns críticos definiram o filme do diretor americano como um quadro em movimento e é provavelmente pelo seu visual deslumbrante e cuidadoso que se tornou um clássico do cinema cult.

12. Jesus Cristo superstar (1973)

cena do filme Jesus Cristo superstar

O musical religioso narra os últimos momentos da vida de Jesus Cristo (Ted Neely), desde a sua chegada a Jerusalém até a crucificação.

Esses dias finais conhecidos do grande público são recontados aqui de uma maneira original: a partir do olhar do traidor, Judas Iscariotes (Carl Anderson). A produção saiu de um teatro da Broadway, onde fez sucesso, para as telas do cinema.

O filme ópera rock foi livremente inspirado nos evangelhos e mistura, de uma maneira muito original, o passado e o presente. Apesar da história não ser diferente da bíblica, na versão cinematográfica os soldados romanos carregam metralhadoras e andam em tanques.

Quando foi lançado, o mundo vivia o ápice do movimento hippie e se reinventava novas formas de olhar para a sociedade. Assim, a última semana da vida de Jesus Cristo também foi revisitada no cinema.

Jesus Cristo superstar é um clássico do cinema cult capaz de entregar para o espectador uma história que já conhecemos, mas que é recontada através de uma perspectiva nada convencional.

13. Pequena Miss Sunshine (2006)

cena do filme Pequena miss sunshine

A família Hoover, que protagoniza o filme norte-americano, é uma família nada convencional. A começar pelo avô, expulso de um asilo por usar heroína. O pai, por sua vez, é um palestrante de auto-ajuda sem sucesso, enquanto a mãe é uma neurótica assumida, o tio tentou o suicídio e o irmão fez um voto de silêncio.

A personagem principal é Olive (Abigail Breslin), uma menina desajeitada que resolve participar de um concurso de beleza-mirim.

Por alguns dias, a família de desajustados (que pode ser lida como um estereótipo dos norte-americanos considerados perdedores) deixa suas desavenças para levar a menina ao concurso em uma kombi amarela velha.

Dirigido pelo casal Jonathan Dayton e Valerie Faris, o filme foi candidato a quatro Prêmios Oscar e levou duas estatuetas para casa (melhor roteiro original e melhor ator coadjuvante).

A narrativa, cativante e original, pode ter atraído o público cult por ter a coragem de contar a história de personagens considerados, de alguma forma, marginais socialmente.

14. O mágico de Oz (1939)

cena do filme O mágico de Oz

O musical baseado no livro infanto-juvenil de L.Frank Baum permanece no imaginário coletivo. Essa é a história de Dorothy, uma garota de 11 anos que vê sua casa ser carregada por um ciclone para uma terra mágica chamada Oz.

Personagens originais como o homem de lata sem coração, o leão sem coragem e o espantalho sem cérebro surpreendem o espectador, que fica cativado pela aventura da menina que só deseja regressar para onde vivia.

Ao longo do seu percurso de amadurecimento, Dorothy conhece uma série de personagens que, de alguma forma, só pretendem preencher os seus vazios existenciais.

O filme faz sucesso entre o público mais cult por ser capaz de misturar o universo real e o fantasioso.

Historicamente também é um filme importante: além de ter sido o mais caro da sua época, foi dos primeiros a misturar imagens a preto e branco com imagens a cores.

15. Donnie Darko (2001)

cena de filme Donnie Darko

O filme de ficção científica de Richard Kelly foi pouco falado na época em que foi lançado e só teve sucesso quando foi lançado em DVD.

Com uma trama complexa, o longa-metragem gera discussão ao falar sobre viagens no tempo e física quântica.

Donnie Darko é o protagonista da história, um adolescente que sofre sonambulismo e passeia pelos arredores de casa durante a noite. Numa dessas noites, ele esbarra com Frank, uma pessoa fantasiada de coelho.

Uma turbina de avião cai sobre a casa de Donnie e, a partir de então, ele começa a ser assombrado por Frank, que lhe dá ordens inusitadas muitas vezes levando-o a cometer atos de vandalismo.

A família Darko parece bastante comum, típica norte-americana, mas o adolescente problemático Donnie já parece ser uma figura com a capacidade de viajar no tempo e tem o poder de salvar a humanidade.

Donnie Darko consegue ser, ao mesmo tempo, um bem-sucedido filme de ficção científica e um retrato de uma juventude desviante.

Leia mais sobre o filme em: Donnie Darki: resumo, explicação e análise.

16. Quero ser John Malkovich (1999)

cena do filme Quero ser John Malkovich

O filme de Spike Jonze apresenta cenários surreais que, ao mesmo tempo, intrigam e cativam o espectador.

Um homem comum, vivido por John Cusack, arranja um emprego num escritório com um teto muito baixo onde os funcionários precisam andar curvados.

É no escritório claustrofóbico que o homem encontra uma porta secreta. Cruzando a porta o personagem entra dentro da cabeça de John Malkovich. É possível permanecer lá dentro por 15 minutos, e, de lá, a pessoa é arremessada para uma rua qualquer em Nova Jersey.

Depois de fazer a sua descoberta inusitada, o personagem aluga essa passagem para alguns conhecidos - e o mais curioso: chega a alugá-la até para o próprio John Malkovich.

O roteiro fora do comum, repleto de críticas sociais e reflexões pertinentes, é que garantiu provavelmente o lugar de Quero ser John Malkovich entre os queridinhos do cinema cult.

17. A vida de Brian (1979)

A vida de Brian

A comédia mais cult de todos os tempos provavelmente é A vida de Brian, dos celebrados Monty Python. A produção veio logo a seguir ao sucesso O cálice sagrado.

A sátira religiosa mostra a vida de Brian Cohen (Graham Chapman), um judeu que é uma espécie de messias, assim como Jesus Cristo. Por uma coincidência do destino, Brian nasceu do lado de Jesus no estábulo e é recorrentemente confundido com o messias pelos romanos.

O filme, que provoca enormes gargalhadas, causou desconforto entre os mais religiosos porque faz uma releitura dos episódios mais famosos da vida de Jesus Cristo

A vida de Brian é uma espécie de charge do novo testamento permeada de humor inteligente.

18. Blade runner (1982)

cena de Blade Runner

A ficção científica do diretor britânico Ridley Scott foi inspirada no livro Os andróides sonham com ovelhas elétricas? (1968), de Philip K.Dick.

Numa realidade distópica vemos um confronto entre os homens e a tecnologia (representada aqui por robôs com inteligência artificial).

O longa-metragem futurista trata de temas filosóficos, como a forma como lidamos com o tempo, nossa maneira de construir as memórias e as relações por vezes problemáticas que cultivamos.

19. Brilho eterno de uma mente sem lembranças (2004)

cena de Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Brilho eterno de uma mente sem lembranças é um filme que aborda, sobretudo, a permanência do amor.

O longa-metragem trata do final de um relacionamento entre Joel (Jim Carrey) e Clementine (Kate Winslet) e fala sobre a nossa capacidade (ou incapacidade) de esquecer um grande amor.

A história, que beira a ficção científica, ficcionaliza a possibilidade de apagarmos a memória de alguém próximo a nós.

Por não ser contado de uma forma cronológica, Brilho eterno de uma mente sem lembranças pode, a primeira vista, parecer confuso ou caótico. Essa suposta confusão narrativa pode ser lida, na verdade, como uma metáfora do funcionamento da própria memória.

O filme cult Brilho eterno de uma mente sem lembranças consegue ser original tanto na sua premissa como na sua própria forma de contar a história.

20. Escritores da liberdade (2007)

cena do filme Escritores da liberdade

O filme, baseado em acontecimentos reais, encanta aqueles interessados nos vínculos criados em sala de aula.

A personagem principal, Erin Gruwell, é uma professora recém-formada que não sabe como lidar com os seus alunos desobedientes e, muitas vezes, agressivos. Mas ela acredita fortemente na capacidade transformadora da educação.

Os alunos que a desafiam são do ensino médio e vêm de um contexto social problemático, marcado pela violência e pelo racismo. O comportamento rebelde na sala de aula transparece todos esses problemas.

O longa-metragem foi baseado no livro best-seller escrito por Erin e por seus alunos da vida real.

O filme é de suma importância porque sublinha a importância da escola e dos professores na formação dos futuros adultos.

21. O diário de Bridget Jones (2001)

cena de O diário de Bridget Jones

A comédia romântica britânica fez com que muitas mulheres se identificassem com Bridget Jones (Renée Zellweger), uma solteira de 32 anos que, no dia do ano novo, resolve mudar de vida.

Ela começa a escrever o seu diário, que fica na cabeceira da cama, e é através dele que conhecemos a hilária personagem, os amigos e familiares que a rodeiam.

Testemunhamos a maneira problemática e, ao mesmo tempo, divertida como ela lida com o próprio corpo e a ansiedade de encontrar um parceiro (acentuada com a cobrança social).

Uma comédia leve, que aborda situações do dia a dia, em O diário de Bridget Jones é muito fácil se reconhecer no papel de Bridget - ou reconhecer uma amiga. Talvez esse tenha sido o segredo para o filme se tornar uma obra de culto com tantos fãs ao redor do globo.

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Laura Aidar
Arte-educadora, artista visual e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.