Arte renascentista: resumo completo e as principais obras


Equipe Editorial
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O Renascimento é o período histórico da Europa que sucede à Idade Média, com início em meados do século XIV até finais do século XVI. Porém, não há um marco, acontecimento ou data específica para o início desse período, sendo que aconteceu de forma natural e gradual.

Foi o poeta Petrarca (1304, Arezzo, Itália-1374, Arquà Petrarca, Itália) que despertou a veia revolucionária do Renascimento, apelando à veneração da Antiguidade Clássica (época que antecedera a Idade Média).

Este apelo foi repetido antes, várias vezes, durante o período da Idade Média, mas apenas então os seus ecos foram escutados e a sua repercussão sentida. Estava nascendo uma nova forma de pensar e de encarar o mundo, e a arte.

Com o Humanismo o Homem passa a estar no centro do universo, e o teocentrismo dá lugar ao antropocentrismo. Há um regresso às ideias e glórias da época Clássica (greco-romana), um renascer dos ideais e cânones clássicos.

A era Romana começa a ser enxergada como uma época de luz e prosperidade, enquanto a era cristã (Idade Média) passa a ser encarada como uma época de trevas. E assim, o Renascimento vai se propor restaurar essa luz perdida.

Em resumo, ocorre um rinascità (renascimento) da Antiguidade Clássica, onde, segundo os entusiastas da Antiguidade, se alcançara o expoente da criação artística.

A Arte no Renascimento

Escola de Atenas - afresco, 500 cm × 770 cm, 1509–1511 - Rafael, Palácio Apostólico, Vaticano
Escola de Atenas - afresco, 500 cm × 770 cm, 1509–1511 - Rafael, Palácio Apostólico, Vaticano

Em termos artísticos o Renascimento vai suceder ao Gótico, e como característica principal tem a sua aproximação à Antiguidade. Mas o objetivo do artista renascentista não era de copiar a grandeza e excelência da arte Clássica, mas de igualar essas criações.

Durante este período os artistas (das Belas-Artes) deixam de ser considerados meros artesãos e passam a ser vistos como homens intelectuais. Esta mudança de atitude em relação ao artista levou ao colecionismo de obras de arte, pois tudo que saísse das mãos de um mestre era considerado de grande valor.

Surgem também as oficinas, que posteriormente levarão à criação das academias, e os artistas ganham mais liberdade, funcionando os mesmos quase como empresários.

O Nascimento de Vênus - têmpera sobre tela, 1,72 m x 2,78 m, 1483 - Sandro Botticelli - Galleria degli Uffizi, Florença
O Nascimento de Vênus - têmpera sobre tela, 1,72 m x 2,78 m, 1483 - Sandro Botticelli
- Galleria degli Uffizi, Florença

Escultura

San Marcos Donatello
San Marcos - mármore, 2,48 m., 1411-13 - Donatello, Or San Michele, Florença

Com o Gótico a escultura arquitetônica quase desapareceu e a produção escultórica estava mais centrada em imagens de devoção e sepulcros, por exemplo. Mas com o Renascimento a escultura vai recobrar a sua independência em relação à arquitetura.

O primeiro passo nesse sentido é dado pelo grande escultor do Proto-Renascimento, Donatello (1386-1466, Florença, Itália), com a obra San Marcos, uma escultura em mármore. Esta, apesar de ter sido concebida para integrar um nicho de uma catedral Gótica, não necessita do enquadramento arquitetônico para se destacar.

David - bronze, 1,58 m., 1408-09 - Donatello, Museo Nazionale del Bargello, Florença
Davi - bronze, 1,58 m., 1408-09 - Donatello, Museo Nazionale del Bargello, Florença

É com Donatello que as figuras escultóricas começam a perder a rigidez do Gótico, sendo estas já dotadas de flexibilidade e padrões de beleza e proporções próximas das da antiguidade Clássica.

Donatello aperfeiçoou também a técnica do schiacciato (achatado), um baixo-relevo pouco saliente dotado de profundidade pictórica.

A escultura renascentista vai reavivar também a sensualidade do corpo nu tão característica da época clássica, sendo que o primeiro grande exemplo disso é o Davi de Donatello. Esta é a primeira escultura independente, de tamanho natural e totalmente nua desde a Antiguidade.

Estátua Equestre de Bartolomeo Colleoni - bronze, 3,96 m. (sem pedestal), 1483-88 - Andrea del Verrocchio, Campo S.S. Giovanni e Paolo, Veneza
Estátua Equestre de Bartolomeo Colleoni - bronze, 3,96 m. (sem pedestal), 1483-88 - Andrea del Verrocchio,
Campo S.S. Giovanni e Paolo, Veneza

Outro grande escultor do Proto-Renascimento foi Andrea Del Verrocchio (1435, Florença, Itália-1488, Veneza, Itália), que à semelhança de Donatello vai executar esculturas de grande vulto, como a estátua equestre de Bartolomeo Colleoni. Verrocchio foi também pintor e mestre de Leonardo Da Vinci, e por isso a sua obra pictórica nunca mais se livrou de comparações com as obras do seu pupilo.

De uma forma geral, a escultura renascentista, recuperando a sua independência, ganha grandiosidade, volume e realismo. Há um ressurgimento do busto-retrato tão comum da Antiguidade impulsionado também pelo colecionismo que se tornara popular no Renascimento. Assim, os artistas vendo uma possibilidade de negócio aí vão produzir bustos, baixos-relevos e pequenos bronzes que facilitavam a mobilidade das peças.

Pintura

Expulsão do Jardim do Éden
Expulsão do Jardim do Éden - afresco, 214 cm × 88 cm, 1425 - Masaccio, Capela Brancacci,
igreja de Santa Maria del Carmine, Florença

Sendo que os primeiros passos rumo ao Renascimento foram dados primeiramente pela escultura e pela arquitetura, a pintura vai seguir o mesmo caminho cerca de uma década depois, espelhando nas suas composições os feitos destas.

Os primeiros passos da pintura no Renascimento foram dados pelo jovem Masaccio (1401, San Giovanni Valdarno, Itália-1428, Roma, Itália) que tragicamente faleceu prematuramente, apenas com 27 anos.

Logo nas primeiras obras de Masaccio se percebe sua aproximação a Donatello e um distanciamento em relação a Giotto, mestre do Gótico e conterrâneo do jovem mestre. Também nas figuras de Masaccio as roupagens são independentes do corpo, sendo representadas como verdadeiro tecido, assim como os cenários arquitetônicos envolvendo as figuras são representados respeitando a perspectiva científica desenvolvida por Brunelleschi.

Santíssima Trindade - afresco, 667 cm x317 cm - Masaccio, Santa Maria Novella, Florença
Santíssima Trindade - afresco, 667 cm x 317 cm - Masaccio, Santa Maria Novella, Florença

Assim lançou Masaccio as principais sementes da pintura renascentista que, ao contrário do Gótico que favorecia a representação imaginada das coisas, vai preferir a representação exata do real.

A profundidade dos interiores representados na pintura renascentista são possíveis de medir, e os mesmos transmitem a ideia de que se as figuras quisessem poderiam se movimentar à vontade.

Depois de Masaccio, Andrea Mantegna (1431, República de Veneza-1506, Mântua, Itália) foi o pintor mais importante do Proto-Renascimento, sendo também este um gênio precoce que aos dezessete anos já executava encomendas sozinho.

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São Sebastião - painel, 68 × 30 cm, 1456–1459 - Andrea Mantegna, Kunsthistorisches Museum, Viena, Áustria

Mas é com Sandro Botticelli (1445-1510, Florença, Itália) que a pintura começa a ganhar mais movimento e graciosidade, apesar de este não compartilhar da visão anatômica mais poderosa e musculada que vai caracterizar o Renascimento, pois seus corpos são mais etéreos, porém, bastante voluptuosos e sensuais.

Botticelli foi o pintor favorito de Lourenço de Médici (grande mecenas da arte renascentista e governante da cidade de Florença), e é para ele que Botticelli vai pintar sua obra mais famosa, O Nascimento de Vênus (ver primeira imagem do artigo).

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Primavera - têmpera sobre madeira, 2,02 × 3,14 m., 1470-1480 - Sandro Botticelli, Galleria degli Uffizi, Florença

De uma forma geral, na pintura predomina a técnica do óleo por oposição ao fresco, o que propiciou que as obras pictóricas se tornassem mais móveis. Proliferam também os retratos.

Os princípios aplicados à arquitetura, como o rigor matemático das proporções e a perspectiva são usados na pintura, e nas composições pictóricas as figuras são agora enquadradas na arquitetura falsa ou paisagem à escala, respeitando as proporções de cada elemento, conferindo assim profundidade e mais realismo à pintura.

Arquitetura

Catedral de Santa Maria del Fiore, Florença
Catedral de Santa Maria del Fiore - cúpula da autoria de Filippo Brunelleschi, Florença

A arquitetura renascentista deve o seu arranque a Filippo Brunelleschi (1377-1446, Florença, Itália) que apesar de ter começado a carreira como escultor, se vai destacar como arquiteto.

Por volta de 1417-19, Brunelleschi vai competir pela construção de uma cúpula com Lorenzo Ghiberti (1381-1455, escultor italiano) contra quem perdera uns anos antes o concurso para as portas do Baptistério.

A referida cúpula deveria encimar a Catedral de Santa Maria del Fiore, edifício monumental que começara a ser construído na época medieval, e que continuaria em trabalhos de finalização até ao século XIX.

Devido à grandiosidade do edifício, até então todas as soluções para a construção da cúpula haviam falhado. Mas Brunelleschi consegue apresentar uma solução viável e dessa forma construir aquela que é considerada a primeira grande obra da renascença italiana.

A solução de Brunelleschi para a massiva cúpula foi não só revolucionária, como uma admirável vitória da engenharia. Esta consistiu na construção de dois grandes cascos separados ligados e inseridos um dentro do outro, de forma a que um reforçasse o outro e assim o peso da estrutura ficasse distribuído.

Interior da Igreja de San Lorenzo, Florença (igreja românica refeita por Brunelleschi, cujos trabalhos apenas se finalizaram cerca de 20 anos depois do artista morrer, sendo que a fachada permanece incompleta até hoje)
Interior da Igreja de San Lorenzo, Florença (igreja românica refeita por Brunelleschi,
cujos trabalhos apenas se finalizaram cerca de 20 anos depois do artista morrer, sendo que a fachada permanece incompleta até hoje)

Além disso, Brunelleschi recusou também usar as técnicas habituais de transporte dos materiais, criando ele soluções engenhosas para tal, como máquinas que içassem os referidos materiais.

Os contributos de Brunelleschi vão muito além da grandiosa cúpula, pois ele se tornou no primeiro grande arquiteto da época moderna, introduziu ao Renascimento a perspectiva linear e fez regressar os arcos de volta-perfeita e as colunas em vez dos pilares.

Apesar de ter nascido e começado sua carreira em Florença é em Roma que o seu futuro se vai traçar. Junto com Donatello, Brunelleschi vai viajar para Roma e lá estudar as obras da Antiguidade Clássica e mais tarde adaptar métodos de construção da Roma Antiga nos seus edifícios, mas com diferentes proporções.

Brunelleschi vai usar processos geométricos e matemáticos de projeção do espaço como a perspectiva matemática, e a ele se deve outras descobertas científicas que usou a favor da arte, ajudando assim a elevar as Belas-Artes.

Essas descobertas de Brunelleschi foram recolhidas por escrito por Leone Battista Alberti (1404, Génova, Itália-1472, Roma, Itália), que escreveu os primeiros tratados de pintura (dedicado a Brunelleschi e que contém referência a Donatello, amigo comum dos dois) e escultura do Renascimento, e começou um sobre a arquitetura.

Alberti foi um homem muito culto, humanista e de sociedade, e depois da morte de Brunelleschi começou a exercer a atividade tornando-se também ele um dos grandes arquitetos do Renascimento.

Basílica de Santo André de Mântua
Interior da Basílica de Santo André de Mântua, em Mântua, Itália, de Leone Battista Alberti
(as obras do edifício começaram em 1472, mas só acabaram em 1790)

Acreditando que o círculo era a forma mais perfeita, logo, a mais próxima do divino, Alberti vai dar predileção a plantas centradas para as igrejas, inspirando-se sobretudo no Panteão de Roma, apesar de tais plantas serem pouco convenientes ao culto católico. Porém, e depois que seu tratado se torna famoso, a planta centrada acaba sendo aceita e foi muito usada no Renascimento Pleno.

De uma forma geral a arquitetura do Renascimento é caraterizada por um revivalismo clássico, sendo que as ordens arquitetônicas (dórica, jônica, coríntia, toscana e compósita) retornam, assim como o arco de volta-perfeita.

Na projeção e construção dos edifícios segue-se um rigor matemático, e há também uma separação definitiva entre a arquitetura e a escultura e a pintura, pois a imponente grandiosidade da nova arquitetura não permitia à escultura ou à pintura qualquer destaque, brilhando ela própria sozinha sem mais ajuda.

O Renascimento Pleno

Pietà - mármore, 1,74 m x 1,95 m - Michelangelo, Basilica di San Pietro, Vaticano
Pietà - mármore, 1,74 m x 1,95 m - Michelangelo, Basilica di San Pietro, Vaticano

A fase final do Renascimento Italiano é conhecida como Renascimento Pleno e é o expoente do que até então fora sendo cultivado. Nesta fase desenvolve-se o culto ao gênio, algo que acaba empurrando alguns artistas para tentarem alcançar o impossível, como a busca da perfeição absoluta.

Nesta fase o foco dos artistas está mais na efetividade das obras, na forma como estas mexeriam com as emoções dos espectadores, do que com o rigor racional ou os precedentes clássicos, e assim que algumas obras dos grandes mestres do Renascimento Pleno foram criadas, foram logo consideradas clássicas, únicas, incomparáveis e inimitáveis.

Dessa forma o Renascimento Pleno, herdeiro do Proto-Renascimento, é único e muito exclusivo, e apesar de influenciar a arte posterior, foi um casulo sem metamorfose.

Leonardo da Vinci

Mona Lisa - 77 cm x 53 cm - Louvre, Paris
Mona Lisa - óleo sobre painel, 77 cm x 53 cm, 1503 - Leonardo da Vinci, Louvre, Paris

Leonardo da Vinci (1452, Anchiano ou Vinci (?), Itália-1519, Château Du Clos Lucé, Amboise, França) é considerado o primeiro grande mestre do Renascimento Pleno. Foi aprendiz na oficina de Verrocchio e sua mente curiosa o levou a enveredar por áreas distintas como a escultura, a arquitetura ou a engenharia militar, porém foi a pintura que imortalizou o seu nome elevando-o à categoria de gênio e mito.

Nas obras de Leonardo a luz tem uma importância grande, e durante a sua vida artística ele vai desenvolver e aperfeiçoar a utilização do claro-escuro (chiaroscuro). Outra característica da sua pintura é o sfumato que confere às suas composições um esbater das formas, uma diluição dos contornos na paisagem através da utilização da luz, por oposição aos mestres do Proto-Renascimento que favoreciam o sobressair dos contornos.

A Última Ceia - 4,6 m x 8,8 m - refeitório do Convento de Santa Maria Delle Grazie, Milão
A Última Ceia - 4,6 m x 8,8 m - Leonardo da Vinci,
refeitório do Convento de Santa Maria Delle Grazie, Milão

Também aperfeiçoou a perspectiva aérea, e as figuras representadas nas suas obras são predominantemente andróginas e enigmáticas. Há também uma importância atribuída ao gesto e com frequência encontramos nas pinturas de Leonardo figuras que se expressam através de gestos contundentes.

Em termos de técnica tinha predileção pelo óleo, o que no caso da Última Ceia se revelou terrível para a conservação da pintura, pois apesar de ser um afresco, Leonardo não usou têmpera a ovo como era comum, mas a óleo, o que provocou que pouco tempo depois de estar concluída a mesma se começasse a deteriorar.

Conheça mais obras de Leonardo da Vinci

Bramante

Tempietto
Tempietto - 1481-1500 - Bramante, S. Pietro in Montorio, Roma

Donato Bramante (1444, Fermignano, Itália-1514, Roma, Itália) é um dos principais arquitetos do Renascimento e aquele que coloca em prática o novo estilo na perfeição. Ele vai aplicar o princípio de "parede esculpida" de Brunelleschi com excelência, o que confere aos seus edifícios uma maior imponência e distinção.

O seu grande momento chegou quando o Papa Júlio II lhe encomendou a construção de uma nova basílica de São Pedro, algo que Bramante tomou como oportunidade para conceber uma grandiosa planta que iria suplantar os dois maiores edifícios da Antiguidade, o Panteão e a Basílica de Constantino.

Para tão grandioso projeto, e por razões de logistica e de dinheiro, Bramante foi buscar uma velha técnica do tempo romano, a construção em betão, algo que mais tarde viria se afirmar e revolucionar o mundo da arquitetura. Ainda assim, o projeto sofreu várias alterações até ao começo das obras, e da ideia original de Bramante resta apenas uma gravura da planta.

As obras de construção foram lentas e quando Bramante morreu pouco havia sido até então construído. O projeto foi então conduzido por arquitetos que haviam sido treinados por Bramante, mas só em 1546, com Michelangelo, o edifício vai entrar na sua fase final de concepção e construção.

Michelangelo

Capela Sistina
Afrescos da Capela Sistina de Michelangelo

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475, Caprese Michelangelo, Itália-1564, Roma, Itália) foi pintor, escultor, poeta e arquiteto, e acima de tudo foi o que melhor encapsulou a ideia de gênio sob inspiração divina. Além disso, da sua obra e vida não se pode dissociar o drama e a tragédia, fazendo de Michelangelo o protótipo do artista solitário e torturado.

Michelangelo considerava a escultura como a mais nobre das artes, e ele se considerava um escultor em primeiro lugar. Com a sua obra tentou chegar ao divino e à perfeição absoluta, mas no final chegou à conclusão que falhara em ambas as frentes, apesar de a História lhe reservar um lugar de destaque na criação artística como um dos maiores, senão o maior artista de todos os tempos.

Davi - Galleria dell'Accademia, Florença
Davi - mármore, 4,089, 1502-1504 - Michelangelo, Galleria dell'Accademia, Florença

O corpo humano era para Michelangelo uma expressão do divino e representá-lo sem roupagens era a única forma de absorver toda sua divindade. Daí a sua obra estar recheada de corpos nus e possantes, pois ao contrário de Leonardo, cujas figuras parecem imbuídas de uma feminilidade latente, em Michelangelo o pendor é para o masculino.

Michelangelo é o artista que mais se aproxima dos clássicos da Antiguidade, muito pelo foco que colocou na imagem humana ao longo da sua obra. E o seu Davi, a primeira escultura monumental desta fase, é o melhor exemplo de todas as qualidades e características da arte de Michelangelo.

Conheça mais obras de Michelangelo

Rafael

Casamento da Virgem
Casamento da Virgem - óleo sobre madeira, 170 x 117 cm, 1504 - Rafael, Pinacoteca di Brera, Milão

Rafael Sanzio (1483, Urbino, Itália-1520, Roma, Itália) foi um artista e grande homem de sociedade. Contemporâneo de Michelangelo, a fama de ambos foi equiparada na época em que viveram, mas a História foi relegando Rafael para segundo plano como se a sua importância ou fama fosse menor que a de Michelangelo na época do Renascimento.

A história de Rafael carece de dramatismo ou do elemento trágico, ao contrário da de Michelangelo, e da sua obra não saíram tantas inovações. Porém, o seu gênio é inegável, assim como a sua contribuição para um estilo que ele representou melhor que qualquer um.

Papa Leão X
Papa Leão X com seus sobrinhos Giulio de Médici e Luigi de Rossi - óleo sobre madeira, 155 × 119 cm,
1517-1518 - Rafael, Galleria degli Uffizi, Florença

A sua vasta obra pictórica é um exemplo de fusão do que melhor se praticava no Renascimento Pleno, suportando as suas composições a candura e o lirismo de Leonardo, e o dramatismo e a força de Michelangelo. Rafael foi também um prolífero e exímio retratista.

Conheça as principais obras de Rafael

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