Histórias infantis para crianças de 3 a 5 anos: contos que encantam e divertem

Catalina Arancibia Durán
Catalina Arancibia Durán
Mestre em Literatura Espanhola e Hispano-Americana
Tempo de leitura: 14 min.

A leitura de história para crianças de 3 a 5 anos podem ajudar a expandir o vocabulário e estimular a imaginação. Na lista a seguir, você encontrará contos infantis com valores pensados especificamente para crianças nessa faixa etária. Confira!

El elefante que quería volar

O elefante que queria voar

El tren de colores

Colorido, o trenzinho mágico

La semilla mágica de Luna

Luna e semente mágica

La manzana de Nicolás

Nico e a maçã vermelha

La verdad de Carlitos

A verdade de Carlinhos

El día de lluvia de Sofía

O dia de chuva de Sofia

El viaje de la tortuga Tita

A viagem da tartaruga Tita

La fiesta sorpresa de Lía

Lia e a festa surpresa

Tomás y su mejor amigo Rolo

O melhor amigo de Tomás

1. O elefante que queria voar

Elefante

Esta história destaca a importância de se aceitar e valorizar as próprias habilidades. Através do seu desejo, Totó compreendeu que não é necessário tentar ser como os outros para ser feliz.

Era uma vez um elefantinho chamado Totó, que vivia com a cabeça cheia de ideias. Às vezes, queria ser um peixe, outras vezes, uma nuvem... Mas naquele dia, enquanto olhava o céu, decidiu com muita vontade:

— Eu quero voar!, exclamou, abrindo as orelhas como se fossem asas.

Ele pulou, correu, bateu as orelhas... mas só conseguiu levantar um pouquinho de poeira.

— Preciso de ajuda!, pensou, e foi procurar seu amigo Marcelo, o macaco mais brincalhão da selva.

— Voar?! — riu Marcelo. — Ora, nem os hipopótamos tentam isso! Elefantes não voam, Totó.

Totó fez um biquinho com a tromba. Ele não gostava quando diziam que não podia fazer algo.

— Talvez a Lili saiba como, disse, caminhando até onde a girafa saboreava umas folhas bem verdes.

— Voar, você?! — perguntou Lili, pensativa. — Humm... talvez se subir nas minhas costas e pular de lá de cima... quem sabe flutue um pouquinho?

Eles tentaram. Um, dois, três... Salto!

E... ploft! Totó caiu sobre um monte de folhas secas. Nada de voo.

Foi então que uma borboleta pequenininha apareceu, dançando no ar. Ela pousou na tromba de Totó e sussurrou com uma voz bem suave:

— Sabe, Totó? Você não precisa voar para fazer coisas incríveis. Já viu tudo o que consegue levantar com essa tromba? E os lugares que pode conhecer com essas patas fortes?

Totó ficou quietinho. Nunca tinha pensado assim.

Desde aquele dia, em vez de sonhar com asas, ele começou a descobrir o quanto era especial do jeitinho que era. Brincava de empurrar galhos, ajudar os amigos e explorar lugares novos com curiosidade.

E toda vez que via um passarinho cruzar o céu, Totó não sentia inveja. Sentia alegria. Porque entendeu que não é preciso voar para tocar o céu - às vezes, basta estar feliz com os pés na terra.

2. Colorido, o trenzinho mágico

Tren

Este belo conto mostra às crianças que é possível cultivar uma bela amizade que enche a vida de alegria, independentemente das diferenças.

Era uma vez um trenzinho mágico que vivia em um vale muito bonito, cheio de flores. O nome dele era Colorido, e seus vagões tinham todas as cores do arco-íris: vermelho, azul, verde, amarelo e roxo.

Um dia, Colorido decidiu fazer uma viagem especial. Ele queria visitar todos os animais do vale e levar alegria por onde passasse. Então, partiu feliz da vida, soltando um animado piuííí! com seu apito.

Primeiro, chegou à casa do Coelho.

— Olá, Coelho! — disse Colorido. — Quer dar uma voltinha no meu trem?

— Quero, sim! — respondeu o Coelho, dando pulinhos de empolgação. — Adoro viajar!

Os dois subiram no vagão vermelho e começaram a passear pelo vale. Mais adiante, Colorido parou perto do rio, onde morava a Rã.

— Olá, Rã! — chamou o trenzinho. — Quer vir com a gente?

— Claro que quero!, respondeu a Rã, dando um salto alegre.

E assim, Colorido, o Coelho e a Rã seguiram viagem, parando em cada cantinho do vale para buscar novos amigos: o Pato, a Tartaruga e até uma Borboleta! Cada um escolheu um vagão de uma cor diferente, e o trem ficou ainda mais bonito.

Por fim, Colorido subiu uma colina. Lá do alto, todos os amigos se sentaram juntos e admiraram o vale florido. Perceberam que, mesmo sendo diferentes, cada um era especial à sua maneira.

— Que maravilhoso é viajar juntos!, disse Colorido.

— É mesmo! — responderam todos. — Os amigos enchem a vida de cores!

E assim, o trenzinho mágico continuou seu caminho, levando sorrisos, alegria e amizade para todos os cantinhos do vale.

3. Luna e a semente mágica

Girasol

Esta história serve para que as crianças compreendam o valor da paciência e como o esforço constante dá frutos com o tempo.

Era uma vez uma menina chamada Luna, que morava em uma casinha com um jardim cheio de flores.
Um dia, sua avó deu a ela um presentinho muito especial: uma pequena semente.

— Esta é uma semente mágica, disse a avó. — Se você plantá-la e cuidar dela com paciência, algo muito bonito vai nascer.

Luna ficou encantada! Correu para o jardim e plantou a semente na terra macia. Todos os dias, ela regava com cuidado e sentava-se para esperar. Mas nada acontecia.

— Por que ela não cresce?, perguntava Luna, já um pouquinho impaciente.

Os dias foram passando e, mesmo cuidando da semente, Luna não via mudança alguma. Começou a ficar triste, mas a avó sempre a animava:

— Tenha paciência, Luna. As coisas boas levam tempo para acontecer.

Luna resolveu escutar o conselho. Todas as manhãs, regava a semente, conversava com ela e até cantava baixinho. Às vezes queria que crescesse logo, mas aprendeu a gostar de cuidar e esperar com calma.

Até que um dia, ao sair no jardim, Luna viu um pontinho verde brotando da terra.
— Está crescendo!, gritou, pulando de alegria.

O brotinho foi crescendo, crescendo... E com o tempo, virou um lindo girassol, que brilhava feliz sob o sol.

A avó sorriu e disse:
— Viu só, Luna? Com paciência e carinho, você fez algo maravilhoso florescer.

E assim, Luna aprendeu que a paciência é como uma sementinha: quando cuidamos dela com amor, as coisas boas florescem no seu tempo certo.

4. Nico e a maçã vermelha

Niño con manzana

Esta história ressalta o valor da generosidade. O pequeno Nico descobriu que, ao dividir as coisas, elas podem ser muito melhores.

Era uma vez, um menino chamado Nico, que morava em uma fazenda cheia de árvores frutíferas. Ele adorava colher frutas, mas sua preferida era a maçã vermelha: grande, cheirosa e bem suculenta.

Um dia, enquanto caminhava pelo pomar, Nico encontrou uma maçã perfeita, a mais linda que já tinha visto. Ela brilhava ao sol e parecia ser deliciosa.

— É a maior maçã que eu já vi!, exclamou Nico, todo animado.

Quando estava prestes a dar a primeira mordida, viu sua amiga Sofia vindo pelo caminho. Ela parecia um pouco triste.

— O que aconteceu, Sofia?, perguntou Nico.

— Hoje não tive sorte colhendo maçãs - respondeu ela. — Não encontrei nenhuma, e estava morrendo de vontade de comer uma.

Nico olhou para a maçã nas suas mãos. Era a única que tinha achado naquele dia... e ele também queria muito comê-la. Mas, ao pensar na amiga, imaginou como ela ficaria feliz se ganhasse aquela maçã especial.

Então, com um sorriso, estendeu a mão e disse:

— Toma, Sofia. Pode ficar com esta.

Sofia arregalou os olhos, surpresa.

— De verdade? Obrigada, Nico!, disse, toda contente.

Ela deu um grande mordisco e, depois, ofereceu um pedacinho a Nico. Ele aceitou, e os dois riram juntos.

Nico percebeu que, embora tivesse dividido sua maçã, seu coração estava cheio de alegria. Descobriu que compartilhar faz bem não só a quem recebe, mas também a quem dá.

Desde aquele dia, sempre que encontrava uma fruta especial, Nico lembrava de como era bom ser generoso.

5. A verdade de Carlinhos

Niño corriendo

Este conto ensina o valor da honestidade e a importância de reconhecer os erros. Através do seu arrependimento, Carlinhos descobriu que a verdade é o melhor remédio.

Era uma vez um menino chamado Carlos, que todos chamavam carinhosamente de Carlinhos. Ele morava em uma pequena aldeia e adorava brincar com os amigos o dia todo.

Um dia, enquanto brincava no parquinho, Carlinhos viu uma bola muito bonita perto do escorregador. Ela era colorida e brilhava ao sol. Tão linda que ele não conseguiu resistir.

Olhou para os lados, não viu ninguém por perto… e levou a bola consigo, sem contar a ninguém.

Quando chegou em casa, sua mamãe perguntou:

— De onde veio essa bola, Carlinhos?

O menino sentiu um friozinho na barriga. Ele sabia que a bola não era dele, mas não queria levar bronca.

— É... minha, respondeu baixinho, quase sussurrando.

A mamãe o olhou com carinho, mas percebeu que algo não estava certo.

— Meu amor, sempre é melhor dizer a verdade. Não importa o que aconteça, ser honesto é o mais importante.

Carlinhos ficou pensativo a noite toda. Sentia um peso no coração e sabia que tinha feito algo errado.

No dia seguinte, foi até o parquinho com a bola nas mãos. Procurou o menino que a havia deixado e, quando o encontrou, foi até ele e disse com voz tímida:

— Desculpa... essa bola é sua. Eu peguei ontem sem pedir, mas quero devolvê-la.

O menino sorriu gentilmente:

— Obrigado! Eu estava procurando por ela. Não tem problema, fico feliz que você devolveu!

Carlinhos sentiu o coração ficar leve e feliz. Percebeu que dizer a verdade o fazia se sentir bem consigo mesmo.

6. O dia de chuva de Sofia

Niña pintando

Esta história mostra às crianças a necessidade de se adaptarem às circunstâncias e aprenderem a ser felizes com as possibilidades disponíveis.

Era um dia chuvoso, e Sofia, uma menina muito alegre, não podia sair para brincar no parque. No começo, ela ficou um pouquinho triste, porque tinha planejado um dia cheio de aventuras ao ar livre!

Mas então, teve uma ideia brilhante.

— Posso brincar aqui dentro!, pensou Sofia, com um sorriso no rosto.

Ela começou a fazer artesanatos, pintou um quadro bem colorido e inventou uma caça ao tesouro dentro de casa. A cada objeto que encontrava, dava um pulinho de alegria!

Sofia percebeu que, mesmo com a chuva lá fora, ainda podia encontrar diversão e alegria dentro de casa. No fim do dia, estava feliz, orgulhosa e cheia de novas ideias.

7. A viagem da tartaruga Tita

Pequeña tortuga

A história de Tita mostra às crianças que, com determinação e esforço, é possível alcançar coisas que parecem impossíveis.

Era uma vez, uma tartaruguinha chamada Tita, que sonhava em chegar até o lago brilhante no fim da floresta. Todas as manhãs, ela via seus amigos, o Coelho e o Pássaro, correndo e voando até lá.

— Eu também quero chegar ao lago, dizia Tita com esperança.

Um dia, decidiu que era hora de tentar. Com seu casquinho nas costas e muita determinação no coração, começou a caminhar. Passinho a passinho, seguia em frente, mesmo quando o cansaço queria fazê-la parar.

No caminho, encontrou seus amigos descansando. O Coelho disse:

— Tita, por que não fica aqui um pouquinho? Você nunca vai chegar tão rápido quanto a gente.

Mas Tita apenas sorriu e respondeu com calma:

— Não tem problema se eu demorar. O importante é continuar.

E assim, com paciência e coragem, Tita seguiu andando. Depois de muito esforço, finalmente chegou ao lago brilhante. A água reluzia sob o sol, e seus amigos a esperavam com alegria.

— Você conseguiu, Tita!, gritaram, batendo patas e asas.

Tita sorriu, feliz e orgulhosa.

Naquele dia, aprendeu que, mesmo que o caminho seja devagar, a perseverança nos leva a lugares incríveis

8. Lia e a festa surpresa

Ardilla

Esta história mostra como os amigos são importantes na vida.

Lia era um esquilo fêmia muito carinhosa, que queria fazer algo especial para seu melhor amigo, o ratinho Miguel. Ele sempre a ajudava a juntar nozes pelo bosque.

Então, Lia teve uma ideia brilhante: preparar uma festa surpresa de aniversário! Ela começou a trabalhar animada.

Convidou todos os amigos do bosque: o Pato, a Tartaruga e o Coelho. Juntos, encheram balões, prepararam jogos e fizeram uma deliciosa torta de noz.

No dia da festa, todos se esconderam atrás dos arbustos, esperando Miguel chegar. Quando o ratinho apareceu, gritaram bem alto:

— Surpresa! Feliz aniversário, Miguel!

Miguel levou um susto e, em seguida, abriu um sorriso enorme.

— Obrigado, amigos! Eu não sabia que vocês gostavam tanto de mim!

Lia e os outros sorriram também. Naquele dia, todos entenderam que a verdadeira amizade se mostra em pequenos gestos, carinho e boas surpresas

9. O melhor amigo de Tomás

Niño jugando con perro

Este conto destaca a importância da amizade, independentemente da espécie ou das diferenças. Tomás e Rolo descobriram que, com carinho, apoio e companhia, a vida pode ser muito mais bonita.

Era uma vez, um menino chamado Tomás, que morava em uma casinha perto da floresta. Tomás era muito alegre, mas, às vezes, se sentia um pouquinho sozinho, porque não tinha com quem brincar.

Um dia, enquanto brincava no jardim, ouviu um latido suave. Quando olhou para trás, viu um cachorrinho pequeno e peludo, com olhinhos brilhantes e cheios de carinho.

Tomás sorriu, e o cachorrinho balançou o rabinho bem rápido.

— Oi! Como você se chama?, perguntou Tomás.

O cachorrinho latiu alegremente, e o menino decidiu chamá-lo de Rolo.

Desde aquele momento, Tomás e Rolo viraram inseparáveis. Corriam juntos pelo jardim, exploravam o bosque e, à noite, Rolo se enroscava bem pertinho dele para dormir.

Um dia, enquanto brincavam de esconde-esconde, Tomás escorregou na lama e machucou o joelho. Doía um pouquinho, e ele começou a chorar.

Rolo correu até ele, lambeu seu rostinho com cuidado e trouxe uma pequena varinha, como quem dizia:
— Vamos brincar de novo?

Tomás deu uma risadinha. Percebeu que, mesmo machucado, tudo ficava melhor com Rolo ao seu lado.
Levantou-se, limpou as lágrimas e os dois voltaram a brincar.

Desde aquele dia, Tomás aprendeu que os verdadeiros amigos estão sempre por perto, nos momentos bons e também nos não tão bons. Rolo não era só seu cachorro, era o seu melhor amigo.

E assim, Tomás e Rolo continuaram vivendo muitas aventuras, mostrando que a amizade verdadeira sempre traz alegria, até mesmo nos dias mais difíceis.

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Catalina Arancibia Durán
Catalina Arancibia Durán
Mestre em Literatura Espanhola e Hispano-Americana. Formada em Teoria e Crítica de Cinema. Professora de oficinas literárias e revisora de texto.