16 livros sobre autoconhecimento que podem melhorar a sua vida


Laura Aidar
Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual

Livros que estimulam o autoconhecimento podem ser gatilhos importantes rumo a transformações em busca de uma vida mais plena.

Pensando assim, selecionamos alguns dos melhores livros sobre autoconhecimento que vão te ajudar a repensar comportamentos, reavaliar emoções e ter acesso a ferramentas para o desenvolvimento pessoal.

1. A Coragem de Ser Imperfeito (Brené Brown)

capa do livro a coragem de ser imperfeito

Lançado em 2013 pela pesquisadora e professora da Universidade de Houston, Brené Brown, esse é um livro que expõe a vulnerabilidade como um ponto a ser trabalhado de forma generosa e corajosa.

A autora defende que quando enfrentamos a vergonha, o medo e as nossas fragilidades, sem fugir desses sentimentos, nos abrimos para viver a criatividade e a conexão com os outros de forma mais plena e satisfatória.

A palestra “O poder da vulnerabilidade”, apresentada pela escritora norte-americana no TED se tornou um grande sucesso, alcançando mais de 55 milhões de visualizações.

Uma das ideias que Brené Brown traz em seu livro, é:

Os momentos mais fortes de nossas vidas acontecem quando amarramos as pequenas luzinhas criadas pela coragem, pela compaixão e pelo vínculo, e as vemos brilhar na escuridão de nossas batalhas.

2. Mulheres que correm com os lobos (Clarissa Pinkola Estés)

capa do livro mulheres que correm com os lobos

Mulheres que correm com os lobos já se tornou um clássico da literatura para mulheres que buscam autoconhecimento.

Escrito pela psicóloga junguiana Clarissa Pinkola Estés e lançado pela primeira vez em 1989, a obra icônica apresenta contos e lendas antigas e traça paralelos entre as narrativas e os símbolos arquetípicos que elas carregam.

Assim, Clarissa procura mostrar como o retorno a uma “natureza selvagem” feminina é essencial para a libertação de mulheres em nossa sociedade patriarcal. Um dos trechos dessa potente obra é:

A melhor terra para semear e fazer crescer algo novo outra vez está no fundo. Nesse sentido, chegar ao fundo do poço, apesar de extremamente doloroso, também é um terreno para semear.

3. Seja homem: a masculinidade desmascarada (JJ Bola)

capa do livro seja homem

Escrito por JJ Bola e com prefácio de Emicida, Seja Homem se propõe a questionar o modelo de masculinidade construído em nossa sociedade contemporânea. De forma clara, trazendo exemplos de outras culturas, o autor desmistifica comportamentos e crenças enraizadas sobre o que é "ser homem".

Assim, o livro, lançado em 2020, é um ótimo começo para todos os homens que buscam repensar seu machismo e descontruí-lo, se relacionando melhor consigo e com as outras pessoas.

4. Qual é a tua obra? (Mario Sergio Cortella)

capa do livro Qual é a tua obra?

Mario Sergio Cortella aborda nesse livro as angústias e inquietações acerca de propósito, objetivos, liderança e ética.

Os leitores e leitoras serão instigados a pensar sobre sua vida e trajetória, sobretudo no campo profissional. Aqui, Cortella expõe a importância do significado por trás do trabalho. No livro, o autor afirma:

Quando o modelo de vida leva a um esgotamento, é fundamental questionar se vale a pena continuar no mesmo caminho.

5. Roube como um artista (Austin Kleon)

capa do livro roube como um artista

Escrito inicialmente para pessoas que trabalham com arte, Roube como um artista pode também ajudar todas as pessoas que queiram se conectar mais com a criatividade adormecida.

Foi publicado em 2013 e traz uma abordagem bem humorada, com várias ilustrações. Aqui, o designer e escritor norte-americano Austin Kleon joga luz sobre o tema da criação e dos processos criativos, defendendo que nada é totalmente original, mas que devemos saber usar as referências e inspirações de forma honesta e com sabedoria. Uma das dicas e insights presentes no livros é:

Todo artista é um colecionador. Não um acumulador, há uma diferença: acumuladores colecionam indiscriminadamente, artistas colecionam seletivamente. Eles colecionam apenas coisas que realmente amam.

6. A magia do silêncio (Kankyo Tannier)

capa do livro a magia do silêncio

O título na íntegra desse livro, que foi publicado em 2018, é A magia do silêncio: Um olhar moderno e descontraído sobre práticas e tradições milenares que conduzem à calma e à serenidade.

Aqui, a autora francesa Kanyo Tannier, uma monja budista da tradição zen, apresenta de maneira descomplicada práticas meditativas e exercícios curtos para aplicar na rotina com o objetivo de silenciar a mente e diminuir a ansiedade.

7. A sabedoria da transformação (Monja Coen)

capa do livro a sabedoria da transformação

Nesse livro de 2019, Monja Coen expõe sua visão sobre a importância de refletirmos e repensarmos nossas atitudes, sempre em busca de equilíbrio e harmonia conosco e com o próximo.

Trazendo exemplos simples do cotidiano e com uma escrita bem humorada, a monja nos mostra caminhos para uma vida com mais sabedoria e paz interior. Em dado momento, autora diz no livro:

Às vezes deixamos de apreciar a nossa liberdade de ir e vir, a liberdade de poder pensar, ter opiniões e escolhas, para nos submeter a situações de aparentes riquezas e honrarias.

8. Ideias para adiar o fim do mundo (Ailton Krenak)

capa do livro ideias para adiar o fim do mundo

Nesse pequeno livro, o líder indígena Ailton Krenak expõe seus pensamentos sobre a relação dos seres humanos com a natureza, defendendo que tudo está interligado e em comunhão.

Assim, oferece aos leitores e leitoras possibilidades de refletir acerca de questões urgentes como coletividade, transformação social e ecologia.

O livro foi publicado em 2019 pela Companhia das Letras. Segue um trecho:

Cantar, dançar e viver a experiência mágica de suspender o céu é comum em muitas tradições. Suspender o céu é ampliar o nosso horizonte; não o horizonte prospectivo, mas um existencial. É enriquecer as nossas subjetividades, que é a matéria que este tempo que nós vivemos quer consumir. Se existe uma ânsia por consumir a natureza, existe também uma por consumir subjetividades — as nossas subjetividades. Então vamos vivê-las com a liberdade que formos capazes de inventar, não botar ela no mercado. Já que a natureza está sendo assaltada de uma maneira tão indefensável, vamos, pelo menos, ser capazes de manter nossas subjetividades, nossas visões, nossas poéticas sobre a existência.

9. O Mundo que Habita em Nós (Liliane Prata)

capa do livro o mundo que habita em nós

Essa é uma obra de Liliane Prata lançada em 2019 que traz questionamentos e reflexões filosóficas valiosas para repensarmos nossa ansiedade, raiva e melancolia, assim como nosso amor-próprio.

Por meio de várias citações de poemas, trechos de livros e músicas, Liliane nos convida ao autoconhecimento e transformação pessoal. Segundo as palavras da autora, seu objetivo com a publicação é:

Espero que, após a leitura, você ganhe mais consciência de si mesma/si mesmo, aumente sua compreensão sobre as distâncias e os emaranhados entre você e as coisas, distinga com mais clareza o que quer daquilo que não quer para você, e sinta mais profundamente, com mais graça do que frustração, a experiência de estar vivo.

10. A morte é um dia que vale a pena viver (Ana Cláudia Quintana Arantes)

capa do livro a morte é um dia que vale a pena viver

Em 2016, uma das maiores referência em cuidados paliativos no Brasil, a médica Ana Claudia Quintana Arantes, lançou seu livro A morte é um dia que vale a pena viver.

Escrito após uma palestra sua no TED viralizar e chegar a muitas pessoas, o livro aborda o tema delicado e espinhoso que é o luto.

São muitas as reflexões que ela traz sob uma perspectiva amorosa e surpreendente, que certamente farão os leitores e leitoras enxergarem a finitude com mais sabedoria, ou pelo menos com menos angústia.

Confira um pequeno trecho presente no livro:

Desejar ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um novo olhar para a vida.

11. O palhaço e o psicanalista (Christian Dunker e Cláudio Thebas)

capa do livro o palhaço e o psicanalista

Escrito pelo famoso psicanalista Christian Dunker e pelo palhaço Cláudio Thebas, essa é uma publicação de 2019 que mostra o diálogo entre essas figuras aparentemente distantes, mas que trazem muitos pontos em comum, sendo o principal deles a abertura à escuta.

Os autores escrevem capítulos intercalados e oferecem oportunidades de reflexão sobre como podemos estar mais atentos e atentas a ouvir as outras pessoas de forma amorosa, exercitando a empatia e compreensão.

Um dos trechos do livros diz:

Escutar o outro é escutar o que realmente ele diz, e não o que nós, ou ele mesmo, gostaria de ouvir. Escutar o que realmente alguém sente ou expressa, e não o que seria mais agradável.

12. A mágica da arrumação (Marie Kondo)

capa do livro a mágica da arrumação

Esse é um livro que surge com a ideia de ajudar as pessoas a lidarem melhor com as coisas que vão acumulando durante a vida. Segundo a autora japonesa Marie Kondo, a maneira como lidamos com os objetos diz também sobre nós e nossas escolhas.

Assim, com dicas práticas e simples, ela traz soluções para quem quer acabar com a bagunça e se livrar do que já não serve mais.

Veja uma dessas dicas presentes no livro:

A melhor maneira de fazer a triagem do que fica e do que sai é segurar cada item e indagar: "Isso me traz alegria?" Se a resposta for afirmativa, guarde-o. Caso contrário, jogue-o fora. Este não só é o critério mais simples, como também o mais preciso.

13. O livro da vida (Krishnamurti)

o livro da vida Krishnamurti

Um dos livros mais conhecidos do famoso pensador indiano Krishnamurti é O livro da vida. Lançado em 2016, reúne trechos de palestras, conferências e escritos publicados e inéditos que conseguem traçar um panorama sobre as ideias desse homem que foi considerado por muitos um guru, rótulo que ele mesmo rejeitava.

Krishnamurti acreditava no autoconhecimento e na meditação como ferramenta essencial rumo à transformação pessoal, como é possível observar nessa passagem:

O intelecto se satisfaz com teorias e explicações, a inteligência não; e para a compreensão do processo total da existência, é necessária uma integração da mente e do coração no agir. A inteligência não está separada do amor.

14. As coisas que você só vê quando desacelera (Haemin Sunim)

capa do livro as coisas que você só vê quando desacelera

O sul coreano Haemin Sunim propõe nessa obra de 2017 um olhar atento sobre nossa espiritualidade, trabalho e relacionamentos. A ideia é que as pessoas consigam cultivar a calma e a compaixão pelos outros e por si próprias, indo ao encontro de uma vida mais serena.

Como dizia o mestre espiritual Jiddu Krishnamurti, atenção pura, sem julgamento, é a forma mais elevada não só de inteligência humana, como também do amor. Observe de maneira atenta e amorosa a energia em constante mudança, à medida que ela se desdobra no espaço da sua mente.

15. Sidarta (Hermann Hesse)

Sidarta, livro de Hermann Hesse

Sidarta é um clássico da literatura publicado pelo alemão Hermann Hesse em 1922. Embora o livro tenha um século de existência, seus ensinamentos continuam ressoando em nossa sociedade e fazendo sentido.

Diferente dos outros títulos apresentados, Sidarta é um romance de ficção. Aqui, acompanhamos a trajetória de um homem que nasce no berço de uma família rica, mas decide sair pelo mundo em busca de autoconhecimento e iluminação espiritual. A narrativa se baseia na história de Buda.

Assim, Hesse aborda temas como a impermanência, o tempo e a sabedoria interior de cada um.

O verdadeiro buscador, aquele que realmente se emprenhasse em achar algo, jamais poderia submeter-se a nenhuma doutrina.

16. A cama na varanda (Regina Navarro Lins)

A cama na varanda

Best-seller da psicanalista e escritora Regina Navarro Lins, A cama na varanda foi lançado a primeira vez na década de 90. Com uma abordagem clara e direta, a autora expõe boa parte da história humana vista pelo viés da sexualidade e dos relacionamentos.

Assim, ela traz um outro olhar sobre o comportamento humano afetivo e sexual, de forma a oferecer novas possibilidade de se relacionar. Essa é uma leitura que pode abrir os horizontes de homens e mulheres que buscam uma maneira mais satisfatória de lidar com seus sentimentos e com seus parceiros e parceiras.

A autora explora nesse livro reflexões como essa:

Na nossa cultura, as pessoas amam o fato de estar amando, se apaixonam pela paixão. Sem perceber, idealizam o outro e projetam nele tudo o que desejam. No fim das contas, a relação não é com a pessoa real, que está do lado, e sim com a que se inventa de acordo com as próprias necessidades.

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Laura Aidar
Laura Aidar
Arte-educadora, artista visual e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.